Neste mês, completo meu primeiro ano de serviço aos cristãos perseguidos na Portas Abertas. Foram 365 dias tão intensos que precisaria muito mais do que apenas um ano para descrevê-los em palavras.
Tive o privilégio de fazer parte da celebração de 35 anos do ministério no Brasil. De conhecer irmãos zelosos pela Igreja Perseguida, como você, que se encontram espalhados pelo nosso país, me encorajando e inspirando grandemente e aos quais sou profundamente grato. De abraçar o Irmão André, fundador deste ministério internacional. De conhecer pessoalmente irmãos perseguidos por causa de Jesus.
Ramez é um deles. Ele é egípcio, e foi uma experiência única conhecê-lo nos últimos dias da campanha Ajude o Egito Agora. Fizemos essa campanha com o objetivo de socorrer os irmãos egípcios que sofreram muito com os confrontos que assolaram aquela nação no mês de agosto. Na página 4 desta edição, você encontra um breve relatório do que sua doação efetuou.
Em meio a todos os problemas e perseguição, segundo o testemunho de Ramez, Deus tem dado muitas oportunidades aos cristãos de compartilhar a fé. Muçulmanos, que antes não queriam ouvir o testemunho de um cristão, agora estão desesperados à procura de respostas, tendo em vista o desespero que o país atravessa. “O que sua fé e seu Deus podem me dizer?”, querem saber. As respostas vêm da Palavra, dando perseverança aos irmãos, para que permaneçam na fé, e esperança aos não cristãos, para que alcancem a verdadeira fé. É impressionante como a Palavra de Deus é poderosa para dar as respostas de que eles, e nós também, precisamos.
Também foi especial conhecer o pastor E., ministro sírio, que compartilhou conosco o sentimento da Igreja em meio à crise que a Síria atravessa. “Durante a perseguição, entre momentos de completo desespero e de grande alegria, é possível encontrar esperança na certeza de que ‘o próprio Deus vai nos restaurar, confirmar, e nos porá sobre firmes alicerces’”, diz o pastor, citando 1Pedro 5.10. Ele afirma que a glória do Senhor está presente, ocasionando avivamentos e grandes movimentos de oração.
Esses irmãos, seus compatriotas, e também nosso ministério, têm sido sustentados pela Palavra de Deus. Ela guia. Ela toca corações generosos como o seu para abençoar. Ela consola. Ela mostra o caminho a seguir. Por isso, a Portas Abertas celebra o Dia da Bíblia, fonte de palavras de vida eterna que nos sacia em nossa jornada aqui na terra.
Não sabemos o que acontecerá no próximo ano. Se o Egito de Ramez vai sair dessa situação de caos, se a Síria do pastor E. verá mais e mais cristãos testemunhando sua fé e confiança em Jesus. Não cabe a nós saber isso. O que podemos fazer — e conto com você para isso — é renovar o nosso voto de obediência às Escrituras e “fortalecer o que resta e estava para morrer” (Ap. 3.2).
Marco Cruz
Secretário Geral
Portas Abertas Brasil
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