segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Cristãos norte-coreanos celebram o Natal escondidos

"Na Coreia do Norte, o culto é aos líderes políticos... Tudo está focado em Kim Il-sung, que tenta tomar o lugar de Deus na vida deles”

Cristãos norte-coreanos celebram o Natal escondidosCristãos norte-coreanos celebram o Natal escondidos
Ser cristão na Coreia do Norte é arriscar a vida todos os dias. Mas isso não os impediu de comemorar o Natal como milhões de outras pessoas fizeram em todo o mundo. A diferença é que para isso precisaram se reunir em túneis subterrâneos, escondidos das autoridades.
Eles sabem que podem ser presos cada vez que fazem uma oração ou cantam um louvor em voz alta. “Os cristãos do resto do mundo não têm ideia de como são fervorosas as orações daqueles que vivem na Coreia do Norte”, disse Han Min, um norte-coreano que fugiu do regime ditatorial de Pyongyang.
Han hoje vive na Coreia do Sul e congrega na Igreja Durihana, em Seul, liderada pelo pastor Chun Ki-won. Desde 1999, esta comunidade tem o compromisso de ajudar aqueles que desejam sair da parte norte da península.
Segundo a igreja, eles já ajudaram cerca de 1.000 norte-coreanos a fugir. Geralmente pela fronteira com a China, menos protegida. Depois de atravessarem, iniciam sua viagem até a Coreia do Sul.
“Na Coreia do Norte, o culto é aos líderes políticos… Tudo está focado em Kim Il-sung, que tenta tomar o lugar de Deus na vida deles”, explica o pastor Chun. Ele lamenta ainda que o regime tem intensificado as restrições e matado muito mais cristãos do que fazia antes da troca de governo. Chun, que já foi preso e torturado em uma das viagens que fez para a Coreia do Norte para auxiliar a igreja perseguida, conta que antigamente eles atravessavam de 30 a 40 pessoas em um mês. Em dezembro, ele só consegui ajudar 3 a escaparem.
Em 3 de novembro, segundo o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo, foram executados publicamente 80 norte-coreanos. Cerca de 10.000 pessoas foram até um estádio esportivo na cidade de Wonsan para assistir os condenados enfrentarem um pelotão de fuzilamento. A prática é uma maneira de a liderança ditatorial do país disseminar sua mensagem à população. Segundo a imprensa, os mortos “foram amarrados a estacas com sacos cobrindo suas cabeças. Seus corpos foram crivados por tiros de metralhadora enquanto eram acusados” de práticas consideradas traição ao regime, como assistir TV sul-coreana ou terem Bíblias em casa.
O irmão Simon, pseudônimo de um refugiado norte-coreano que não quer se identificar, afirma: “É claro, os cristãos da Coreia do Norte refletem sobre o nascimento de Jesus Cristo… Só que eles não podem simplesmente ir juntos a uma igreja para cantar ou ouvir um sermão. Ser cristão na Coreia do Norte é algo muito solitário”. Segundo ele, a maioria das vezes as celebrações são em pequenos grupos. Normalmente encontros de cristãos reúnem apenas duas pessoas.
Simon explica: “Por exemplo, um cristão vai e se senta em um banco no parque. Um outro cristão vem e senta-se ao lado dele. Às vezes é perigoso até mesmo falar uns com os outros, mas eles sabem que ambos são cristãos, e isso já é o suficiente. Se não houver ninguém por perto, podem compartilhar um versículo da Bíblia que eles sabem de cor e brevemente comentar algo sobre isso. Também contam seus motivos de oração um ao outro. Então eles se levantam e saem”.
O nascimento de Jesus também é comemorado desta maneira. Não há decoração nas casas nem cultos natalinos. “O Natal é principalmente comemorado no coração do cristão. Por medo de represálias é necessário manter a sua fé escondida dos vizinhos. Às vezes, é possível realizar uma reunião em áreas remotas com um grupo de 10 a 20 pessoas. Muito raramente é possível que um grupo vá discretamente para as montanhas e faça um culto em um local secreto”, explica Simon. Com informações Christian News Wire e Asia News.
http://noticias.gospelprime.com.br/cristaos-coreia-norte-natal-escondido/

O que minha igreja pode fazer pelos cristãos perseguidos?

Talvez a pergunta acima seja sua também.  Saiba como sua igreja pode apoiar a causa dos cristãos perseguidos
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Mobilize a igreja em oração 
A Portas Abertas tem um boletim de oração diário chamado “Vamos Orar”. Este é enviado mensalmente junto à revista e também publicado no site. Você pode criar em sua igreja grupos de oração semanais ou mensais; grupos de mulheres, homens ou crianças, porque a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. (Tiago 5.16)

Envie cartas de encorajamentoEnviar cartas aos cristãos perseguidos pode ser um ato bem simples, porém de grande efeito na vida dos nossos irmãos, pois, através de sua carta, eles serão encorajados a permanecerem firmes e não se sentirão sozinhos. Obtenha instruções e veja as campanhas de cartas que estão vigentes. Nesta página há também o endereço para onde as correspondências devem ser enviadas e modelos de texto.

DivulgueInfelizmente, uma minoria no Brasil conhece a causa da Igreja Perseguida e você pode ser um instrumento de Deus para que seu pastor, seu líder e sua igreja se engajem no socorro aos nossos irmãos que vivem sob perseguição. Realize um culto de missões a cada mês ou dentro da possibilidade do calendário de sua igreja e divulgue a causa de nossos irmãos. Preparamos uma página em nosso site com recursos que você pode utilizar em sua igreja.

Não deixe de participar também do DIP (Domingo da Igreja Perseguida) que, em 2014, será realizado em 25 de maio. Visite o site para fazer seu cadastro e receber um kit de materiais gratuito.

Doe
Não há valor mínimo ou máximo de doação. Sua igreja pode doar o quanto quiser; tanto mensalmente, através de um carnê de doações, ou através das campanhas online. A cada mês, disponibilizamos em nosso site, campanhas de doações para diferentes projetos, mas, se sua igreja desejar assumir um compromisso mensal e doar via carnê, entre em contato com nosso Canal de Relacionamento através do telefone (11) 2348-3330 ou do email: falecom@portasabertas.org.br.

Separamos alguns exemplos interessantes de parceiros da Portas Abertas que se envolveram no serviço à Igreja Perseguida e passaram a mobilizar suas igrejas: 

Leandro Ferreira de Souza - Taperuna – RJ“Em nossa igreja, costumamos separar um domingo por mês para falar sobre a Igreja Perseguida. Este evento é conhecido como Domingo Missionário. Cada mês, um país diferente. Falamos das necessidades desse país (apresentação de slides), dividimos a igreja em pequenos grupos para orar (acreditamos que nossas orações são verdadeiras flechas que atingem as nações enquanto oramos), e também levantamos uma oferta específica para o país em questão. Esses cultos têm ajudado a igreja local a ampliar a visão de que existe uma Igreja global, amada por Cristo.”

Roberta Rodrigues de Carvalho Lima - São Paulo – SP“O Ministério Estação Crescer (M.E.C.) da Igreja Batista Betel (em Santana - São Paulo) participa do trabalho missionário com os cristãos perseguidos através de momentos de oração e contribuição. As crianças, todo domingo, ouvem sobre um país, seu povo e, utilizando os pedidos do site da Portas Abertas, oram. Depois contribuem com ofertas. Utilizamos fotos, materiais representativos do país, bandeiras e mapas para informar as crianças e tornar mais significativo. Em alguns domingos também oferecemos desenhos para colorir sobre o país.”

Erany Bonfim da Cruz - Vera Cruz – BA“Tiro cópias do boletim Vamos Orar e as entrego para quem de fato vai orar mesmo. Orar de joelhos, por todos os pedidos, um a um. Montei murais com fotos de cristãos perseguidos e pedidos de oração em minha casa e lidero um grupo de oração de mulheres para juntas intercedermos pela Igreja Perseguida ”

Texto retirado da seção “Sua vez”, da revista Portas Abertas. Esta seção destina-se a esclarecer as suas dúvidas. Caso tenha alguma pergunta, escreva para falecom@portasabertas.org.br.

Natal atrás das grades

Em dezembro de 2011, sete cristãos foram presos pela polícia por organizarem uma celebração de Natal no vilarejo onde viviam. De acordo com o líder da cidade, o evento foi considerado "contrário aos costumes locais". Para a sua libertação, as autoridades demandaram o pagamento de uma fiança
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"Na noite em que fomos presos, a polícia jogou uma grande pedra sobre o telhado da casa onde nós estávamos reunidos", relatou o fazendeiro Akamu. "Os guardas nos ameaçaram dizendo que tínhamos de pagar um alto valor em dinheiro e entregar uma vaca. Eles ainda disseram que seríamos expulsos do vilarejo".

"Eles nos algemaram e acorrentaram nossos pés", afirmou Inoke, a única mulher do grupo. "Nós fomos obrigados a ficar todos juntos em uma pequena sala durante vinte dias. Era como um galinheiro, com cerca de 3 metros quadrados."

"A polícia queria que eu reconhecesse que aquilo que os outros fizeram era errado", disse Keoki, um criador de cabras e o mais velho do grupo. "Eu disse a eles que nós não fizemos nada de errado. Eles me ameaçaram de morte, mas eu apenas os ignorei".

"As pessoas que fizeram isso comigo achavam que eles estavam me enfraquecendo”, acrescentou ele, “mas, na Bíblia, Deus protegeu Pedro quando ele estava na prisão. Por isso, não me preocupei. Eu estava feliz por poder compartilhar o sofrimento de Jesus Cristo".

Kanoa, um ex-assaltante, de 37 anos de idade, relatou que sempre soube que os servos de Deus enfrentariam muitos problemas na vida. "Às vezes é difícil servir ao Senhor. Mas, quando tribulações acontecem comigo, eu dou glórias a Deus".

"Eu não posso abandonar Jesus"
Para esses cristãos, a perseguição não é algo novo. "Sofrimento é parte do seguir a Cristo", afirmou Keoki. "Jesus foi condenado, apesar de não ter feito nada de errado para o governo".

"Quando eu me tornei cristão, a polícia e o chefe do vilarejo vieram à minha casa e tomaram meu telefone celular", relembra Inoke. "Eles também expulsaram minha família da cidade".

"Nós decidimos nos mudar para outra cidade, mas lá sofremos pressão novamente", continuou Inoke. "Porém, pela graça de Deus, ao invés de abandonar a fé, tornei-me mais interessada em Jesus. Quanto mais perseguida eu era, mais eu tinha vontade de servir ao Senhor". 

"Uma vez, um amigo ofereceu-me uma posição no governo", acrescentou Kanoa. "Ele disse que gostaria de me contratar porque eu era esperto, mas eu teria de abandonar a minha fé".

"Muitas pessoas que vem até a minha oficina mecânica tentam me convencer a retornar para o budismo, a fim de não ter de enfrentar mais perseguições na vida", afirmou Kanoa. "Mas eu respondo que eu encontrei a verdade em Jesus. A verdade está na Bíblia; tudo nela é verdadeiro. Jesus Cristo é a verdade, pois ele me modificou. Eu não posso abandoná-lo agora".

Lições do cativeiro
Bane, um pastor de 46 anos, compartilhou que durante a maior parte da sua detenção ele ficou relembrando versículos bíblicos. "Eu só pensava na Palavra de Deus", disse. "Eu pensava em Eclesiastes 3.1,2, que diz que há um tempo determinado para tudo debaixo do céu. Eu percebi que a prisão não poderia me impedir de louvar ao Senhor".

Inoke e Akamu foram ensinados por Deus a permanecer firmes em sua fé. "Eu aprendi a não ter medo de falar", afirmou Inoke. "Antes, eu tinha medo do que eu iria dizer às autoridades."

"O Senhor me ensinou a permanecer com a verdade, não importa o que aconteça", disse Akamu. "Eu me tornei mais corajoso em defender Jesus. Há sim perseguições em nosso distrito, mas os cristãos podem suportá-las se eles se ajudarem mutuamente".

Mele, um fazendeiro de 58 anos, também relembrou os sentimentos de solidão e medo iniciais, mas o valor da comunhão foi revelado para ele dentro das paredes do "galinheiro". "Quando eu fui preso, senti-me muito triste no primeiro momento", afirmou ele. "Eu estava acostumado a pensar que o sofrimento era uma punição do Senhor. Mas, ao ver os outros prisioneiros junto comigo, senti-me encorajado. Eu li a Palavra de Deus e encontrei forças. Eu aprendi que posso ser luz para os outros, onde quer que eu esteja, seja no vilarejo ou na prisão".

Makan, um ex monge budista, lembrou-se de uma passagem que leu no livro de Tiago. "A Bíblia diz que devo alegrar-me ao passar por aflições em nome do Senhor", afirmou. "Mesmo na prisão, Deus está presente".

Fé inabalável
Ao invés de abalar sua fé, o aprisionamento dos cristãos reforçou o seu entusiasmo em seguir a Cristo. "Minha experiência na prisão serviu como testemunho para os outros", compartilhou Inoke. "O chefe do vilarejo disse que estava impressionado em ver como nós sete cuidamos uns dos outros mesmo diante daquela situação. Aquilo me encorajou a permanecer na fé apesar do que estava acontecendo".

"Muitas pessoas me perguntaram como eu não tinha abandonado a fé ainda", acrescentou Makan. "Meu encarceramento abriu portas para que eu pudesse falar da minha fé para outras pessoas".

"Eu ainda o sigo porque ele vale a pena", disse Akamu. "Jesus Cristo é a verdade e eu continuarei a contar para as pessoas sobre ele. Além disso, o que temeremos, agora que temos a certeza do céu?"

Pedidos de oração• Louve ao Senhor por ele ter mantido Akamu, Inoke, Keoki, Makan, Bane, Kanoa e Mele debaixo de suas asas durante o período na prisão. Agradeça ao Senhor pela decisão que eles tomaram em permanecer fiéis a Jesus, apesar da pressão de seus amigos e familiares e renda graças a ele pela sua libertação. 
• Ore para que a Igreja Perseguida no Laos não perca as esperanças. Peça ao Senhor para confortá-los e fortalecê-los em sua dificuldade.
*Todos os nomes foram modificados por motivo de segurança dos cristãos.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoCecília Padilha

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Preciso encontrar os cristãos perseguidos porque… (15)

…eles me mostram que a vontade de Deus sempre é cumprida, já que ele transforma obstáculos em instrumentos
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A Igreja Perseguida nos ensina que todos nós somos agentes ou instrumentos da vontade de Deus. Nesse mundo, temos apenas duas escolhas: escolher fazer a vontade de Deus, cooperando com Deus; ou desafiar o Senhor e fazer nossa própria vontade, inadvertidamente.

“Lembre-se, nosso Deus é tão grande que mesmo os perseguidos o servem”, disse um pastor chinês ironicamente. Ele estava se referindo ao maior perseguidor da igreja chinesa, Mao Tsé-Tung, que lançou a mais feroz campanha anticristã do século XX, na década de 1960. Chamada de “Revolução Cultural”, ele varreu todas as igrejas do país, queimou Bíblias e aprisionou pastores.

No entanto, tudo o que ele conseguiu fazer foi empurrar a igreja para o mundo subterrâneo, onde ela passou a ser embutida na estrutura familiar e na cultura chinesa de uma forma que 300 anos de evangelização não puderam realizar. Desse fogo, emergiu o maior avivamento do mundo – onde a igreja cresceu de dois milhões de fiéis no final dos anos 1970, para 60 milhões nos dias de hoje.

“Costumamos dizer”, sorriu o pastor, “que temos de agradecer ao Mao – que pensou que estava aniquilando a igreja – e acabou provocou o maior avivamento de todos os tempos. Ele pensou que estava matando a igreja, mas, durante todo o tempo, ele estava fazendo um pré-evangelismo. Deus riu por último. Glórias a Deus! Ele sempre cumpre a sua vontade.”

Esta verdade também já apareceu na Índia. Em 1997, a violência contra os cristãos aumentou graças ao resultado da eleição de extremistas hindus. O efeito do extremismo foi levar milhares de pessoas pertencentes às castas hindus mais baixas à igreja. Quanto mais os extremistas perseguiam os cristãos, mais hindus moderados eram puxados para a igreja. Um evangelista cristão disse em Bombai certa vez: “Os maiores evangelistas de Deus nesse país são os extremistas hindus. Com sua violência, sede de sangue e fanatismo, eles provocam repulsa nas castas inferiores, ao ponto de eles dizerem: “Por que temos de ficar abaixo da sociedade hindu, quando essas pessoas terríveis nos oprimem? Ao invés disso, vamos nos juntar aos cristãos.”

Atrevo-me a sugerir que mesmo Osama Bin Laden fez a vontade de Deus. Muitos missionários em todo o mundo muçulmano reportaram que, desde o fatídico ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2011, surgiram todos os tipos de novas conversões ao Senhor por parte de muçulmanos moderados. Estes muçulmanos foram abalados por ações extremistas e muitos, pela primeira vez, consideraram a fé cristã mais viável em suas vidas.

Esta é a gloriosa verdade que os cristãos perseguidos nos despertam! Que, de uma maneira ou outra, todo mundo acaba realizando a vontade de Deus. Mesmo aqueles que colocam obstáculos no caminho da igreja, já que Deus transforma os obstáculos em instrumentos para o cumprimento de sua vontade.

Isto significa que nós não devemos nos desesperar quando pensamos que as condições para o florescimento de nossas vidas cristãs são menos que perfeitas.

Um cristão em uma democracia asiática disse: “Eu costumava pensar que, por causa de alguns líderes corruptos, não havia chances de Deus abençoar nossa igreja aqui. Mas, quando eu olho para os cristãos perseguidos, eu os vejo se regozijando, certos de que a vontade de Deus segue em frente, mesmo eles estando em condições desfavoráveis.” Este cristão aprendeu a enxergar como Deus está fazendo sua vontade ser cumprida através das mesmas pessoas que todos acreditavam estarem destruindo a Igreja.

Deus, provavelmente, ri muito de tudo isso. Eu me lembro de três professores na universidade me dizendo que eles tinham se tornado cristãos como resultado de terem lido o livro de Bertrand Russell, de título “Por que eu não sou cristão?”. Russell era um distinto filósofo de Cambridge e, muitos leram o livro esperando que um poderoso argumento contra Deus fosse apresentado. Mas, como um dos professores disse, “Russell conseguiu ser tão convincente com relação a alguns argumentos insignificantes, que somente serviram para me mostrar uma coisa chamada cegueira espiritual. Eu acreditei.”

Pegue seu pior inimigo, uma característica de sua vida, sociedade ou igreja que lhe causa mais desespero, então coloque sua mente para funcionar e pense: como Deus trabalhará sua vontade por meio deste obstáculo?

Você não tem filhos? Talvez Deus esteja usando isso para te dar um grande ministério, que seria impossível com a responsabilidade de uma família. Você está dependente? Talvez Deus queira te mostrar sua glória e fazer de você uma pessoa mais humana. Talvez nós não tenhamos uma resposta para nossos dilemas, mas isso é excitante de se tentar, porque nós sabemos que todos nós somos um agente voluntário ou involuntário da vontade de Deus. Lembre-se sempre: o Senhor transforma os obstáculos em nossas vidas em instrumentos da sua vontade!

O texto acima foi retirado do livro “15 razões por que precisamos ter um encontro com a Igreja Perseguida” (tradução livre), de Ron Boyd-MacMillan, diretor estratégico da Portas Abertas Internacional.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoJussara Teixeira

Preciso encontrar os cristãos perseguidos porque… (14)

… eles me lembram que eu estou em uma luta constante
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Sempre me fazem a mesma pergunta: “Em sua experiência, viajando por tantos anos pelas comunidades perseguidas em todo o mundo, qual você diria que é a maior diferença entre um cristão perseguido e um cristão livre?”.

Em 20 anos, minha resposta não mudou: “Na Igreja Perseguida, cristãos percebem que estão em perigo, e vão a Deus por causa disso. Na Igreja livre, os cristãos esquecem que estão em perigo, ou em uma luta constante e, mesmo quando eles se lembram, nunca conseguem encontrar tempo para ir a Deus por causa disso.”

Cristãos perseguidos sabem que estão em uma luta. Todos os dias eles batalham. Não ser consciente sobre a luta espiritual diária pode ser o sinal certo de que se está perdendo a batalha pela vida. O antigo salmista olhou para a abastada elite de Israel e disse: “Eles não passam por sofrimento” (Sl 73.4 NVI). Eles teriam lutas se eles desejassem agradar a Deus. Mas, muitos cristãos no mundo de hoje, parecem surpreendidos com a realidade das lutas cotidianas.

Quais lutas os perseguidos nos alertam a enfrentar?

Existe, primeiro de tudo, a batalha em que nós sempre estamos. Todos que já visitaram comunidades perseguidas voltam com uma renovada valorização da batalha espiritual em que nós sempre estamos envolvidos. Nós temos que lutar contra nossos corações relutantes, que estão atolados em pecado e não querem encarar a Deus. Por que nós sempre temos que nos forçar a orar? Porque o nosso coração é relutante. Nós temos que lutar contra um mundo ofuscante, que deslumbra e distrai, tentando nos desorientar de nossa natureza e propósito. Nós também temos de lutar contra o diabo enganoso, que está sempre nos alimentando com mentiras como “você não é bom” e “Deus não se importa com você”.

O grande pregador vitoriano Charles Spurgeon disse uma vez: “O diabo não perde tempo chutando um cavalo morto.” Ele quis dizer que se você não está consciente sobre lutar uma batalha diária contra sua própria carne, o mundo e o diabo, isso significa uma só coisa – você já perdeu a batalha! É tempo de se reintegrar então!

Em segundo lugar, há a batalha de que é necessário nos despertar para lutar. Uma cristã perseguida disse na Palestina: “Quando você se torna cristão de verdade, você é despertado para o fato de que o mundo inteiro jaz no maligno”. Isso reflete na sua própria cultura. A cristã afirmou: “Você tem de lutar contra o que a sua cultura cultua”. 

No caso dela, ela precisou lutar contra um grupo de palestinos extremistas, que arriscavam tudo para matar israelenses. Posicionando-se contra isto, ela se esforçou para explicar sua atitude a seus vizinhos, que pensavam que ela estava sendo “antipatriótica”. 

Nós temos que encarar a mesma questão – o que nossa cultura está cultuando? Sobre isso, é como Francis Shaeffer disse uma vez: “o deus da paz e prosperidade pessoal”, onde nós não nos importamos sobre o que está acontecendo no mundo, desde que nosso espaço e prosperidade não sejam afetados.

Um grupo de oração no centro-sul de Los Angeles tinha plena convicção de que toda uma geração de jovens estava cultuando armas, e a sociedade dominante – por meio do cinema feito em Hollywood – estava promovendo isso. Eles se posicionaram contra isso e a casa onde se encontravam para orar recebeu uma rajada de balas em um tiroteio que partiu de um carro – na mesma noite em que estavam orando!

Outro grupo eclesiástico em Sheffield, Inglaterra, acreditava que, assim como os perseguidos estavam indefesos para compartilhar suas batalhas com o mundo, a maioria do grupo “sem voz” em sua própria sociedade eram crianças não nascidas. Ninguém podia ouvir suas vozes dentro do útero e, antes disso, milhões dessas vozes já haviam sido silenciadas. Essa batalha está acontecendo o tempo todo em nossas sociedades. É a mesma batalha.

Finalmente, existe a batalha que nós precisamos criar. O Irmão André conta a história do encontro com o pastor Haik, do Irã, que disse a ele em 1993: “André, quando eles me matarem, isto será por que falei, e não por fiquei em silêncio.” Haik foi morto em 1994. Se ele tivesse permanecido em silêncio sobre a situação do cristão Mehdi Dibaj, Haik estaria vivo. Mas ele escolheu entrar, e até mesmo criar, o conflito, em busca de justiça.

O fato é que nós podemos evitar as lutas, se quisermos. Cada um de nós temos a escolha de falar, desafiar o poder vigente, e trazer a batalha à tona. Caso contrário será uma fragorosa vitória para o inimigo.

Cristãos perseguidos estão sempre em luta. Eles lutam o tempo todo, contra seus próprios pecados, contra as idolatrias em sua própria sociedade, e contra a orquestração do mal que está aí fora para levar a nossa adoração para longe de Deus. No entanto, estas lutas devem marcar nossas vidas e igrejas, tão certo como o diabo não vive exclusivamente na China ou Colômbia. O apóstolo Paulo censurou os crentes de Coríntios porque eles são ricos, sábios, e honrados, e ele foi pobre, espancado e perseguido (1 Cor 4.8-13). Um tipo de paz e honra que não é para este mundo, mas para o próximo. Este mundo é o lugar para a batalha. Qual é a sua batalha? Qual é a minha?

Os perseguidos nos forçam a perguntar. Todos devemos ter a nossas próprias batalhas diárias e constantes!

O texto acima foi retirado do livro "15 razões por que precisamos ter um encontro com a Igreja Perseguida" (tradução livre), de Ron Boyd-MacMillan, diretor estratégico da Portas Abertas Internacional.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoJussara Teixeira

Preciso encontrar os cristãos perseguidos porque… (13)

…eles me ajudam a amar o mistério da vontade de Deus
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A vida cristã envolve viver com o mistério. Muitas vezes, a vontade de Deus é totalmente incompreensível para nós. É assim mesmo que deveria ser, já que os caminhos de Deus são muito maiores do que os nossos, mas isso não significa que seja mais fácil conviver com ele. Viver com mistério é difícil.

Uma reação que tenho notado entre os cristãos de todo o mundo é tentar transformar mistérios em problemas. Este é um caminho falso. Os problemas são questões "lá de fora" que podem ser resolvidos. Como colocar um homem na Lua é um problema, e não um mistério. Um problema sempre pode ser resolvido com tempo suficiente, recursos e engenho humano.

Por exemplo, o mal que existe no mundo é um mistério, não um problema. Mistérios não podem ser resolvidos.  Chegar a um acordo sobre eles é perfeitamente possível. Podemos tentar tratar o mal como um problema, por meio da oração para a cura ou libertação, ou introduzir uma melhor educação, ou a eleição de líderes morais mais fortes, e assim por diante, mas por mais que tentemos, ele não vai embora. Nós nunca poderemos resolver o "problema" do mal. É um mistério. Nós tentamos entendê-lo da melhor maneira possível, mas temos que viver com ele.

Cristãos perseguidos não são diferentes dos demais cristãos em muitos aspectos. Eles são cheios de falhas, equívocos e pecados – assim como os cristãos da Igreja brasileira. Também nesta questão de lidar com o mistério da vontade de Deus, apresentam as mesmas características.

O mistério deve ser vivenciado em silêncio, humilde e cuidadosamente. Nós não devemos ter pressa para explicar o que não pode ser explicado. Lembro-me de uma visita à China onde conheci a casa de um famoso líder da igreja. Nós estávamos falando sobre avivamento.

Avivamento é um mistério. Por que Deus traz para alguns países e não a outros? Nós não sabemos. Este líder disse que sabia: "Oh, não há mistério para o avivamento. Avivamento é provocado pela perseguição. Você ora por perseguição, e você vai ter avivamento mais tarde."

Mas, isso é completamente controverso. Muitos irmãos da Igreja Perseguida desconhecem a história da Igreja em todo o mundo. Deus tem trazido avivamento sobre aqueles que não sofrem perseguição. Os grandes avivamentos do século 18 da América e Grã-Bretanha, por exemplo, foram trazidos em grande parte como resultado da pregação de Whitefield e Wesley. Também é notável que há lugares onde a perseguição não trouxe avivamento. Da  África do Norte e Oriente Médio, surgiram muitos líderes da Igreja primitiva, como Tertuliano e Agostinho. Agora, só há as ruínas de areia de igrejas e a crescente ascensão do islamismo.

Os mistérios também devem nos fazer mais honestos. Temos de admitir que "não conhecemos" a Deus. Mas, muitas vezes pedimos para obter respostas, que nós simplesmente não conseguimos manusear.

Mas, se eu olhar para as experiências, ao invés de olhar para as explicações dos cristãos perseguidos, percebo que, no coração do mistério, não há frustração, mas alegria e graça. O mesmo líder chinês – tão confiante porque sabia a fórmula para o avivamento – também compartilhou uma experiência na prisão: "Eu tinha perdido a minha igreja, minha liberdade, e eu estava começando a perder a minha saúde, então eu gritei a Deus: ‘Por que o Senhor está me deixando passar por isso?’”

Ele não recebeu resposta formal, mas disse: "Eu senti uma luz dentro de mim que afugentou a escuridão, e eu recebi a companhia de Cristo. Eu não posso explicar mais do que isso, embora Deus saiba que eu tentei. Isso nunca dá certo. Mas o mistério da vontade de Deus foi o que me permitiu repousar sob a confiança de Cristo.”

Mistérios parecem escuros como buracos negros, mas quando entramos neles, nos encontramos diante de uma descoberta maravilhosa. No centro não há escuridão, mas luz. Esta luz é a luz de Cristo. Paulo descreveu a si mesmo como um "mordomo dos mistérios de Deus." (1 Coríntios. 4.1). Este mistério é o mistério do amor. Não tenha medo do mistério de Deus. É escuro do lado de fora, mas cheio de luz no interior.

O texto acima foi retirado do livro "15 razões por que precisamos ter um encontro com a Igreja Perseguida" (tradução livre), de Ron Boyd-MacMillan, diretor estratégico da Portas Abertas Internacional.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAnne Karen Oliveira

Preciso encontrar os cristãos perseguidos porque... (12)

... eles me ajudam a manter a minha fé simples
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Em sua primeira visita aos Estados Unidos, eu levei o chinês, professor de estudos bíblicos, a uma livraria cristã. Eu não estava preparado para a reação dele.  Pensei que ele seria esmagado pela variedade de Bíblias, auxiliares de leitura, livros e material de multimídia.  Ele foi, mas não da maneira que eu esperava. Ele parou no meio da loja, virou-se para mim e disse:

- "Deve ser muito difícil ser cristão aqui."
- "Por que você diz isso?", perguntei.
- “Como você vai manter a sua fé de forma singela, com tudo isso disponível?”

Caminhamos ao redor da loja e ele me explicou o que queria dizer. Pegou cinco livros da prateleira. Todos tinham títulos semelhantes, como "Segredos para uma vida cristã feliz." Ele folheou-os e disse: "Cada livro parece dizer que há um segredo para se viver uma vida feliz com Jesus, mas são todos diferentes. Isso é confuso".

- "Bem, isso é apenas marketing", eu expliquei, um pouco defensivamente.

Mas ele continuou. "Isso significa que eu tenho que comprar os cinco livros para realmente conhecer a Cristo? Isso me deixa aflito. Se eu não comprar todos, como poderia estar ciente dos segredos? Sempre vai faltar um. E eu terei de comprar mais livros. Em breve, eu teria mais livros do que eu conseguiria ler, e eu não seria feliz, mas culpado por ter gasto dinheiro em todos esses livros que eu não tenho tempo para ler".

Ele colocou os livros no chão e disse calmamente: "Na China, eu orei a Deus para me trazer livros. Ele enviou-me, mas em média recebia quatro por ano. Então, eu li esses livros completamente. Copiei as passagens. Fiz resumos para os professores. Aprendi pedaços inteiros de cor. Esses livros realmente me formaram. O ponto que eu estou tentando explicar é que, se você tem muitos livros, é difícil ler um adequadamente. Eu não estou dizendo que é impossível, apenas difícil. E essa variedade, na verdade, faz a fé ser mais complicada do que realmente é.”

“É verdade”, prosseguiu ele, “e é muito difícil ver que estamos constantemente seduzidos pelo mais recente, o melhor, o novo, mesmo dentro da cultura cristã. A perseguição poda a vida até a sua essência, e mantém a prática da fé simples. Meu amigo voltou à China para manter as rotinas básicas que lhe deram vida. Como ele disse, ‘todos os dias, certifique-se de orar, testemunhar aos outros, e acima de tudo, louvar a Deus’.

Ele me ensinou um hábito diário que aprendeu na prisão. ‘Toda manhã, quando você acordar, não se levante, fique na cama e por dez minutos agradeça a Deus por tudo o que vem em sua mente. Pode ser pelo papel de parede, pode ser pelos amigos, ou só por sua vida. Qualquer coisa. Depois que você passa, descobre que o mundo é cheio de graça. Graça de Deus. Com essa atitude você está pronto para viver o dia para Deus – porque você está plenamente cheio com o quão generoso Deus é para você, para todos’.”

O texto acima foi retirado do livro "15 razões por que precisamos ter um encontro com a Igreja Perseguida" (tradução livre), de Ron Boyd-MacMillan, diretor estratégico da Portas Abertas Internacional.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAnne Karen Oliveira

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Massacre contra cristãos deixou mil mortos em dois dias em país africano




Massacre contra cristãos deixou mil mortos em dois dias em país africano
Em dois dias de massacre, quase mil cristãos foram mortos na República Centro-Africana, de acordo com informações da Anistia Internacional (AI).
As mortes aconteceram por conta de represálias do ex-grupo rebelde islâmico Seleka contra a população de Bangui, capital do país.
No dia 5 de dezembro, a violência se intensificou quando milícias camponesas “antibalaka” (antimachetes) se infiltraram em alguns bairros da cidade e realizaram um afrontamento chamado de “operação porta a porta” matando 60 muçulmanos.
Por conta disso, a Seleka adotou represálias. Segundo a AI, esse represália foi em larga escala contra os cristãos, que se posicionaram contra o governo de transição de François Bozizé, que por sua vez é apoiado pelos muçulmanos. A represália muçulmana matou quase mil em apenas dois dias, praticando a pilhagem sistemática das casas de civis.
Entre as vítimas estavam mulheres e crianças que não foram poupadas do assassinato em série.
“Nossas investigações no terreno nessas últimas duas semanas não deixam lugar para dúvidas. Ambas as partes em conflito cometeram crimes de guerra e contra a humanidade”, declarou Christian Mukosa, da Anistia Internacional.
O órgão colocou três especialistas para investigarem o caso e conclusão foi que houve execuções extrajudiciais, mutilações, destruição de prédios religiosos e deslocamento forçado de várias pessoas.
O conflito na República Centro-Africana começou em março, quando a coalizão rebelde Seleka conseguiu derrubar o presidente François Bozizé. O governo em transição acabou perdendo o controle, pois grupos rivais, apoiados por cristãos, iniciaram uma série de confrontos violentos. Antes da tomada de poder, muçulmanos e cristãos viviam pacificamente no país.

Fonte: Gospel Mais, com informações R7

sábado, 21 de dezembro de 2013

FARC fecharam 150 igrejas cristãs este ano na Colômbia


FARC fecharam 150 igrejas cristãs este ano na ColômbiaFARC fecharam 150 igrejas cristãs este ano na Colômbia
Os cristãos da Colômbia tem vivido este ano em constante perigo, por causa de ameaça de grupos guerrilheiros das FARC. Eles proibiram os cultos nas áreas rurais sob seu controle, especialmente no sul do país, e têm extorquido pastores e padres.
Estima-se que 150 igrejas foram obrigadas a fechar desde julho, quando a frente 32 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia/Exército do Povo (FARC-EP) lançou uma ofensiva, proibindo a celebração de missas e cultos em cidades e vilas menores.
Para se reunir, a maioria das congregações precisa pagar uma espécie de “taxa de proteção” ao grupo rebelde. Os cristãos que correm maior risco são aqueles que ainda se reúnem nas casas e os líderes que viajam para se encontrar com eles. “Sempre que meu marido ou outro líder da igreja decide pregar no campo, só posso pedir: Senhor, proteja e dê segurança a cada um deles”, diz Jeanet Ortiz Pinto, esposa do evangelista itinerante Angel Pinto.
“Meu coração está triste ao ver o que está acontecendo ao nosso redor”, afirma ele. O casal pastoreia a Igreja de Deus em Puerto Asis, desde 1988. Angel também é um pastor itinerante, que visita continuamente várias igrejas recém-plantada no Estado de Putumayo. Durante seu ministério, que já dura mais de 25 anos, Pinto foi expulso da igreja cinco vezes por grupos armados. Duas vezes ele foi ameaçado de morte por violar as proibições impostas pelas FARC contra a pregação.
Ele diz que não tem medo e explica que sua congregação tem um ministério que resgata e cuida dos chamados órfãos de guerra. Algumas dessas crianças são filhos de membros da igreja que morreram nas mãos da FARC.
Mesmo assim, ele sabe que as FARC já mataram centenas de líderes de igrejas evangélicas nos últimos anos, incluindo alguns de seus colegas de ministério em Puerto Pinto Assis. Após as ameaças da guerrilha, seis padres foram expulsos de suas paróquias na região, de acordo com informações da imprensa.
O governo colombiano realizou reuniões de paz com as Farc em Cuba, para chegar a uma solução para o conflito que já dura décadas. Eneida Herrera, uma evangélica professora de Finanças Públicas na Universidade do Américas, lamentou que a igreja sofra com a violência de grupos armados e faz um alerta. “Caso as negociações de Havana não produzam nada de positivo, podemos esperar uma onda de violência maior do que tem acontecido até agora”.
Pedro Mercado, vice-secretário da Conferência Episcopal da Igreja Católica, declarou que estava “muito preocupado pois… Há mais ameaças de segurança a nossos padres e bispos, e restringe nossa liberdade de pregar a palavra de Deus”.
http://noticias.gospelprime.com.br/farc-fecha-150-igrejas-colombia/

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013


Massacre contra cristãos deixou mil mortos em dois dias em país africano

Em março um grupo de rebeldes muçulmanos derrubaram o presidente da República Centro-Africana e os rivais cristãos destituíram o governo de transição iniciando uma guerra civil.

por Leiliane Roberta Lopes
Massacre contra cristãos deixou mil mortos em dois dias em país africanoMassacre contra cristãos deixou mil mortos em dois dias em país africano
Em dois dias de massacre quase mil cristãos foram mortos na República Centro-Africana, de acordo com informações da Anistia Internacional (AI).
As mortes aconteceram por conta de represálias do ex-grupo rebelde islâmico Seleka contra a população de Bagui, capital do país.
No dia 5 de dezembro a violência se intensificou quando milícias camponesas cristãs “antibalaka” (antimachetes) se infiltraram em alguns bairros da cidade e realizaram um afrontamento chamado de “operação porta a porta” matando 60 muçulmanos.
Por conta disto a Seleka adotou represálias, segundo a AI esse represália foi em larga escala contra os cristãos, matando quase mil em apenas dois dias, e praticando a pilhagem sistemática das casas de civis.
Entre as vítimas estavam mulheres e crianças que não foram poupadas do assassinato em série.
“Nossas investigações no terreno nessas últimas duas semanas não deixam lugar para dúvidas. Ambas as partes em conflito cometeram crimes de guerra e contra a humanidade”, declarou Christian Mukosa, da Anistia Internacional.
O órgão colocou três especialistas para investigarem o caso e conclusão foi que houve execuções extrajudiciais, mutilações, destruição de prédios religiosos e deslocamento forçado de várias pessoas.
O conflito na República Centro-Africana começou em março quando a coalizão rebelde Seleka conseguiu derrubar o presidente François Bozizé. O governo em transição acabou perdendo o controle, pois grupos rivais, formado por cristãos, iniciaram uma série de confrontos violentos. Antes da tomada de poder, muçulmanos e cristãos viviam pacificamente no país. Com informações R7
http://noticias.gospelprime.com.br/massacre-cristaos-republica-centro-africana/