06 ago 2013
Ele experimentou a opressão comunista e passou mais de 20 anos na prisão. Também vivenciou a resposta de Deus para o seu ministério: um crescimento exponencial da igreja chinesa. Lam tornou-se um exemplo para milhões de cristãos dentro e fora da China; era conhecido por sua atuação na Igreja subterrânea. Ele faleceu sábado (03/08)
Todos os domingos, após o culto, ele convidava visitantes estrangeiros à sua sala e, sem dar muita atenção às perguntas que ouvia, começava a contar-lhes sua história de vida, a qual ele resumia como um "princípio sagrado".
Samuel Lam (ou: Lin Xingian, em chinês) nasceu em uma área montanhosa, com vista para Macau. Cresceu sob os ensinamentos cristãos; seu pai pastoreava uma pequena Igreja Batista. Lam foi preso durante umas das primeiras ondas de perseguição religiosa na China de Mao Tsé Tung e permaneceu detido de 1955 a 1957. Autoridades chinesas sentenciaram sua segunda prisão em 1958. Ele passou 20 anos em campos de trabalho forçado, onde serviu, principalmente, em minas de carvão. Apesar das punições, Lam continuou ensinando sobre a Palavra de Deus.
A principal razão pela qual Lam foi alvo de hostilidades do governo foi a sua recusa em unir a igreja ilegal, que comandava, ao Movimento Patriótico das Três Autonomias ligado à Igreja Protestante liderada pelo Estado. O governo usou esse movimento para proibir líderes cristãos de pregar sobre a segunda vinda de Cristo e barrar o ensino de valores bíblicos aos menores de 18 anos. A China fez a Igreja evoluir em torno do nome do Estado, não de Deus.
Samuel Lam (ou: Lin Xingian, em chinês) nasceu em uma área montanhosa, com vista para Macau. Cresceu sob os ensinamentos cristãos; seu pai pastoreava uma pequena Igreja Batista. Lam foi preso durante umas das primeiras ondas de perseguição religiosa na China de Mao Tsé Tung e permaneceu detido de 1955 a 1957. Autoridades chinesas sentenciaram sua segunda prisão em 1958. Ele passou 20 anos em campos de trabalho forçado, onde serviu, principalmente, em minas de carvão. Apesar das punições, Lam continuou ensinando sobre a Palavra de Deus.
A principal razão pela qual Lam foi alvo de hostilidades do governo foi a sua recusa em unir a igreja ilegal, que comandava, ao Movimento Patriótico das Três Autonomias ligado à Igreja Protestante liderada pelo Estado. O governo usou esse movimento para proibir líderes cristãos de pregar sobre a segunda vinda de Cristo e barrar o ensino de valores bíblicos aos menores de 18 anos. A China fez a Igreja evoluir em torno do nome do Estado, não de Deus.
Em 1979, Lam reiniciou sua igreja doméstica em 35 Da Ma Zhan, localizado em Guangzhou. A congregação cresceu rapidamente, por isso, ele moveu a igreja para um prédio maior, na mesma cidade. Hoje em dia, a igreja doméstica urbana fundada por Lam ainda não é registrada, mas é tolerada pelas autoridades. A igreja tem cerca de quatro mil participantes a cada semana. Os cultos são celebrados em quatro horários distintos.
A teologia de Lam desafiou o governo, os participantes de sua igreja, bem como outros cristãos dentro e fora da China. Ele ensinou que os cristãos devem obedecer ao governo, a menos que os líderes se posicionem diretamente opostos a Deus através da aplicação da lei. "As leis de Deus são mais importantes que as leis dos homens", ele costumava dizer.
A teologia de Lam desafiou o governo, os participantes de sua igreja, bem como outros cristãos dentro e fora da China. Ele ensinou que os cristãos devem obedecer ao governo, a menos que os líderes se posicionem diretamente opostos a Deus através da aplicação da lei. "As leis de Deus são mais importantes que as leis dos homens", ele costumava dizer.
O sofrimento desempenhou um papel de extrema importância em muitos sermões do pastor Lam. Ele é famoso por repetir: "Quanto maior a perseguição, maior o crescimento". Essa frase não tinha apenas a ver com o número de cristãos, mas também com o crescimento espiritual da Igreja. "Eu posso entender as vitórias e as derrotas que acumulamos em determinado trabalho. Deus me ensinou que resmungando não resolverei nada. Não falando contra Deus ou contra aqueles que me perseguiram. Minha querida esposa morreu enquanto eu estava na prisão. Eu não tinha permissão para participar de seu funeral. Foi como uma flecha do Todo-Poderoso, até que eu entendi: Deus permite a dor, a perda, a tortura, mas devemos crescer através de tudo isso", disse Lam certa vez.
O pastor sempre foi cauteloso sobre o governo. Mesmo sendo ilegal, sua congregação não foi invadida nos últimos anos. Ele sempre alertou: " Devemos estar preparados para sofrer. Devemos estar preparados para o fato de que podemos ser presos. Antes de ser enviado para a prisão, eu já havia preparado uma mala com algumas roupas, sapatos e uma escova de dentes. Quando eu tivesse que ir para a delegacia de polícia, eu poderia simplesmente pegá-la e sair. Eu estava pronto. As pessoas ainda estão sendo presas. Você não sabe o que vai acontecer amanhã. Hoje, as autoridades não estão nos incomodando. Mas amanhã as coisas podem ser diferentes. Oro para que recebamos força para nos mantermos firmes até o final." (Leia "Devemos estar preparados para sofrer")
Nas décadas de 1980, 1990 e início dos anos 2000, Lam provou ser um parceiro confiável para a Portas Abertas. Através de seus contatos na China, mais de 200 mil exemplares de literatura cristã foram entregues aos cristãos chineses.
A morte de Samuel Lam deixa um espaço vago na Igreja chinesa. Juntamente com outros heróis da fé, como Wang Mindao e Allen Yuan, ele simbolizava a fé corajosa de uma Igreja que cresceu a uma velocidade sem precedentes na história mundial. Com certeza, muito tempo depois de sua morte continuará sendo dito em muitas igrejas que a perseguição só tem um resultado: crescimento.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag
http://www.portasabertas.org.br/noticias/2013/08/2634732/
http://www.portasabertas.org.br/noticias/2013/08/2634732/
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