domingo, 13 de abril de 2014

A cada ano, mil garotas menores de idade são forçadas a se casar

Um relatório divulgado esta segunda-feira (07/02), estimou que mil mulheres cristãs e hindus são forçadas a se converterem e casarem com muçulmanos, no Paquistão
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De acordo com o relatório publicado pelo Movimento de Solidariedade e Paz no Paquistão (tradução livre), cerca de 700 dessas mulheres são cristãs e 300 hindus.
"A verdadeira escala do problema é na verdade muito maior, com o número de casos que nunca são reportados ou não estão em processo de serem julgados pela lei e sistemas legais," afirma o autor do documento.
O MSP também fez um apelo para uma ação conjunta entre o relatório e uma investigação detalhada de casamentos e conversões forçados aos quais meninas e mulheres cristãs são submetidas no Paquistão.
A comunidade cristã paquistanesa ultrapassa dois milhões de pessoas e corresponde a 42% das minorias no país. Quase todos os cristãos vivem em Punjab.
As investigações do MSP descobriram casos que casamentos e conversões forçadas seguem um padrão: garotas cristãs – geralmente entre 12 e 25 anos – são raptadas, forçadas a se converter e a casar com o raptor ou um terceiro.
A família da vítima geralmente preenche o documento de Relatório de Primeira Informação para sequestro ou estupro na delegacia de polícia local. O raptor, em "favor" da vítima, preenche um contra relatório, acusando a família cristã de assediar a mulher que agora se converteu ao islã e casou-se intencionalmente, e a conspirar para que a garota volte à fé cristã.
No tribunal ou perante o magistrado, a vítima é convidada a testemunhar se, de fato, ela se converteu e casou-se por sua própria vontade ou se ela foi sequestrada.
Na maioria dos casos, a garota permanece em custódia do raptor enquanto os trâmites judiciais estão em prosseguimento. Após o pronunciamento da menina, de que ela voluntariamente se converteu e casou, o caso está resolvido e sem qualquer assistência para a família. Uma vez que ela encontra-se sob custódia do raptor, a vítima é sujeita à violência sexual, estupro, prostituição forçada, tráfico humano ou outros abusos domésticos.
Esses padrões de violência e extravios de justiça são explorados no relatório através do estudo de dez casos.
O documento também descreve o contexto social e histórico do problema e as queixas particulares da comunidade cristã paquistanesa em relação à total extinção da garantia legal, política e processual de direitos humanos para as minorias religiosas no Paquistão.

O relatório também destaca os padrões de violência através dos quais a lei e as atitudes sociais tornam-se cúmplices ao prover a impunidade para os transgressores, e a complexidade natural que associa crimes, o que dificulta o processo de categorizar tais crimes como algo específico a uma identidade religiosa. O relatório conclui com detalhadas recomendações em vários níveis – nacional, provincial e local – para as principais partes interessadas.
Ore por essa situação, em especial, pelas cristãs paquistanesas que enfrentam tudo isso e, mesmo assim, escolhem permanecer firmes à sua fé em Jesus.
FonteDawn.com
TraduçãoAlyne Romeiro
http://www.portasabertas.org.br/noticias/2014/04/3098254/

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