A violência que tomou conta do Egito no último ano refletiu em uma intensa onda de ataques contra os cristãos, suas casas, lojas e igrejas. Isto tudo por conta do afastamento do ex-presidente Mohammed Morsi do poder, em julho de 2013.
A Igreja egípcia foi acusada pelos defensores da Irmandade Mulçumana e outros grupos radicais islamistas de apoiar a saída de Morsi. Cristãos locais pagaram um alto preço por isso. Dezenas de milhares de cristãos foram alvos – houve, inclusive, diversos casos de sequestro. A proteção do governo foi mínima, ou praticamente inexistente, e era perigoso viajar, porque muitos serviços dos trens foram interrompidos. Homens e mulheres de equipes ministeriais foram imobilizados por semanas.
A equipe ministerial de uma igreja estava sob ameaça direta e não podia deixar sua cidade por um período de cinquenta dias. O líder dessa equipe explicou que a adversidade provou ser um momento decisivo para eles. Sem poder sair para o campo e gerenciar seus programas de ministério, eles decidiram passar esse tempo jejuando e orando.
Permaneceram sete semanas dessa forma, intercedendo perante o Senhor e clamando pela paz no Egito. "Depois disso, em tudo o que fizemos como equipe, vimos a resposta do Senhor", explicou o líder. Em grupos de estudo bíblico e eventos de jovens, no ministério das mulheres, na alfabetização, no conforto espiritual e aconselhamento pós-trauma, ou na assistência econômica desesperadamente necessária, ele disse, "as mãos de Deus estavam agindo nas vidas das pessoas, dando-lhes sua maravilhosa graça em meio à dor. Este é um tempo real de colheita!".
Um líder de equipe conseguiu organizar uma conferência para outros 100 líderes voluntários de sua cidade e de povoados vizinhos. A conferência visava encorajar os cristãos egípcios a confiar em Deus em meio às tensões. Muitos dos participantes renovaram seu compromisso com o Senhor, em lágrimas.
Além disso, as equipes ministeriais da igreja viajaram para ministrar em diversas comunidades cristãs. "Deus deu coragem à nossa equipe para superar o medo, para continuar a viajar aos povoados e oferecer ajuda aos cristãos necessitados e assegurar-lhes que eles não estão sozinhos", comentou uma líder de tempo integral. "No momento em que vi a alegria nos olhos de uma viúva que tinha recebido apoio para iniciar um pequeno projeto de renda, e ao ver jovens órfãos desfrutando de nosso amor e cuidado em um de nossos dias de atividades especiais, percebi o quanto Deus estava usando-nos para fazer a diferença na vida daqueles cristãos".
Ela continuou: "Fizemos diferença na vida dos jovens a quem oferecemos cursos de estudos bíblicos e das famílias que ajudamos a reiniciar seus negócios, após terem sido destruídos; percebemos a motivação da equipe para continuar e nos ajudar a ver além dos desafios e problemas de segurança que enfrentamos", disse. "Em meio à crise, nós nos reunimos com as pessoas que servimos!".
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoSuzana Barreto
http://www.portasabertas.org.br/noticias/2014/03/3055355/
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