Apesar das rígidas leis chinesas, o crescimento de cristãos no país pode ter alcançado 100 milhões de pessoas, se tornando cada vez mais difícil para o governo controlar.
Se décadas atrás os cristãos eram em maioria mulheres idosas moradoras da área rural da China, hoje esses dados mudaram e o perfil do cristão chinês é mais jovem, urbano e de classe média.
Um livro escrito por Gerda Wielander, “Valores Cristãos na China Comunista”, tenta explicar o fenômeno dizendo que há muitos jovens que se convertem em experiências no exterior e retornam para o país se assumindo como cristãos.
Para a autora, se tornar cristão na China é “uma opção de estilo de vida, quase uma moda, uma maneira de dizer que você é diferente e interessante”. Mas não são todos que se convertem nessa lógica, há casos onde o interesse surge sob um ponto de vista acadêmico e intelectual, em outros é a busca por referências morais para enfrentar a substituição da ideologia maoísta por um sistema no qual impera o capitalismo selvagem.
Dados oficiais afirmam que há 23 milhões de cristãos – católicos e evangélicos- na China, mas os números são inferiores à realidade vivida por igrejas oficiais e clandestinas que funcionam no país.
O governo Chinês entende que o cristianismo é uma cultura estrangeira que pode prejudicar seus planos, tanto é que ano passado na cidade de Wenzhou, considerada como a Jerusalém do Oriente, muitas igrejas foram derrubadas.
“As autoridades expressaram sua preocupação com o rápido crescimento do cristianismo e buscaram impor restrições para desacelerá-lo. Também tomaram medidas para assegurar que os cristãos sejam obedientes às autoridades”, relata o professor Yang Fenggang, da Universidade Purdue. Com informaçõesEl País
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