Sete capelas foram queimadas desde o mês de março no interior de Minas Gerais. As pequenas igrejas ficam completamente destruídas e as imagens são quebradas pelos criminosos.
As cidades que registraram esses crimes religiosos foram Porto Firme, Paula Cândido, Senador Firmino e Brás Pires. A comunidade está amedrontada e polícia não tem pistas de quem podem ser os criminosos.
Segundo uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, todos os ataques aconteceram durante a noite quando a população está dormindo. Além de colocar fogo nas igrejas e quebrar os santos, os bandidos ainda deixam uma marca: uma cruz feita com sal grosso.
Para o doutor de ciências da religião, Pedro Ribeiro, que foi consultado pela reportagem da Globo, o crime no interior de Minas são casos de intolerância religiosa.
Ele lembra que o fogo e o sal são símbolos de purificação, algum grupo estaria queimando as capelas e jogando o sal para purificar o espaço e afastar ‘os maus espíritos’.
“O que é intrigante pra mim: quem acha que em uma capelinha, em que as pessoas se reúnem para rezar, para celebrar, que aquilo dali é uma coisa má, é uma coisa de espírito mau?”, questionou o estudioso.
Na visão dele, a ideia dos criminosos é apenas uma: agredir o catolicismo. “São sinais de dizer: ‘quem faz aquilo que meu Deus proíbe está errado e, portanto, eu tenho que punir’. Ora, isso é intolerância. Isso vai contra todo pensamento da tolerância religiosa, da aceitação do diferente, do sadio diálogo entre as religiões”.
http://noticias.gospelprime.com.br/capelas-queimadas-cruz-sal-grosso/
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