A Igreja Mórmon está avançando com o seu plano para armar missionários com iPads e ampliar seu proselitismo para as redes sociais. Um programa experimental, que começou no ano passado com 6.500 missionários que vivem nos Estados Unidos e no Japão foi considerado positivo. Isso levou à expansão da iniciativa, e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias pretende ampliá-lo.
Os líderes da Igreja vão distribuir até o início de 2015 tablets especialmente preparados para servir os 32.000 missionários selecionados. David F. Evans, diretor do departamento missionário da igreja, comemora o fato de os mórmons terem alcançado um número recorde de jovens envolvidos em esforços para ganhar mais adeptos.
Uma mudança feita em 2012 reduziu a idade mínima para as mulheres que desejam ser missionárias de 21 para 19. Entre os homens passou de 19 para 18. Com isso saltaram de 58.000 missionários em outubro de 2012 para os 86.000 atuais. A expectativa é que mais dois mil sejam integrados até o final deste ano.
Os iPads serão um instrumento eficaz para os missionários se comunicarem com os líderes da igreja e principalmente para manter contato com as pessoas que manifestaram interesse em aderir à Igreja Mórmon.
“Sabemos que em muitas partes do mundo, as formas tradicionais de visitação e contatos ainda funcionam muito bem”, disse Evans. “Contudo, em outros lugares a tecnologia e a vida urbana se desenvolveu de tal forma que os missionários têm mais dificuldade em entrar em contato com as pessoas. Esperamos que essas ferramentas se tornem ainda mais valiosas nesses locais.”
Estudiosos entendem que a Igreja Mórmon procura se reinventar na era digital e parece reconhecer que as tradicionais visitas de porta em porta não geram mais os resultados que tinham décadas atrás.
O programa com os tablets será expandido para todas as missões nos Estados Unidos, Canadá, Japão e Europa Ocidental. Cada aparelho virá com uma série de aplicativos que ajudam os voluntários em seu trabalho missionário, incluindo acesso fácil a textos da Bíblia, do Livro de Mórmon, literatura da igreja e outros materiais de ensino. Com isso, os “missionários digitais” são encorajados a usar redes sociais como Twitter e Facebook para falar de sua fé e contatar os interessados.
A decisão vem na esteira de uma mudança, ocorrida ano passado, na maneira como a Igreja via a internet. Até então os missionários podiam apenas enviar e-mails aos amigos e familiares, seu líderes e para contatar novos convertidos. O temor era que o uso excessivo da Internet resultaria em “distrações e perda de tempo”.
Os missionários que possuem condições financeiras pagarão pelo custo do iPad (US$ 400), que ficará com eles após saírem do campo missionário. A igreja vai ajudar os missionários de países mais pobres, que não podem arcar com o custo, disse Evans. Cada missionário mórmon arca com o custo mensal para se dedicar à missão. Em geral, os homens passam dois anos e as mulheres 18 meses levando a mensagem a todos que desejem ouvi-la. Com informações Daily Mail
http://noticias.gospelprime.com.br/mormons-exercito-virtual-evangelismo/
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