O pastor iraniano Yousef Nadarkhani está no corredor da morte e agora terá de passar por um novo julgamento em 8 de setembro, que pode ser definitivo.
De acordo com o Ministério Verdade Presente, que tem acompanhado de perto o caso, Nadarkhani será julgado por crimes contra a segurança nacional. ”Implicitamente vemos que isso significa que as acusações de apostasia foram abandonadas desde que as novas acusações foram emitidas, mas não temos confirmação disso”, disse um representante do ministério.
O pastor de 35 anos, natural de Rasht, no Irã, ficou conhecido pelos cristãos em todo o mundo após ser preso em 13 de outubro de 2009, depois de protestar contra a decisão do governo em forçar todas as crianças, incluindo os filhos de cristãos, a lerem o Alcorão. Condenado à morte, ele continua firme em sua fé cristã.
Em sua carta mais recente (divulgada em maio) Nadarkhani declarou aos que estavam preocupados com ele: “Eu preciso lembrar aos meus amados, apesar de meu julgamento estar feito há tanto tempo, que na carne eu desejo que esses dias terminem logo, mas eu entrego-me à vontade de Deus”.
Nadarkhani era líder de uma rede de igrejas domésticas que reunia cerca de 400 pessoas. As acusações contra ele foram posteriormente alteradas para a apostasia e tentativa de evangelizar os muçulmanos. Em 2010, ele foi condenado à morte, numa sentença confirmada pela Suprema Corte do Irã no ano passado.
De acordo com a sharia (lei islâmica), um apóstata tem até três dias para se retratar. O pastor cristão se recusou repetidas vezes a negar sua fé.
O Ministério Verdade Presente e outras organizações fizeram vários apelos para que sejam feitas campanhas de oração e manifestações de apoio a fim de salvar Nadarkhani. Vários países já se manifestaram publicamente, pedindo a libertação dele, incluindo o Brasil.
Mesmo com a data do novo julgamento marcada, a execução dele pode acontecer a qualquer momento e sem aviso prévio, afirma o Verdade Presente.
Traduzido e adaptado de The Christian Post
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