sexta-feira, 13 de maio de 2016

Coreia do Norte reconhece oração como “arma poderosa”

Missionário que foi preso por evangelizar revela temor das autoridades
Coreia do Norte reconhece oração como “arma poderosa”Coreia do Norte reconhece oração como "arma poderosa"
A Coreia do Norte vive um regime de governo único, impondo ao mesmo tempo um comunismo ateísta e um culto à personalidade que faz de seus presidentes verdadeiros “deuses”. Kenneth Bae, o missionário evangélico que foicondenado a quinze anos de trabalhos forçados, contou à imprensa como sua fé foi considerada uma “ameaça” para o governo.
Com cidadania americana, ele acabou sendo “perdoado” pelo ditador Kim Jong-Un 735 dias depois de sua prisão. Foram dois anos em um campo de trabalho mantido pelo governo, até que negociações diplomáticas permitiram sua libertação.
Nascido na Coreia do Sul, Bae acabou mudando para os EUA e se naturalizando americano. Ele realizava, sob o disfarce de empresa turística, seguidas viagens à Coreia do Norte com o objetivo de evangelizar. A prática é proibida, mas ele nunca teve maiores problemas, já que falava a língua e conhecia a cultura.
Durante uma dessas viagens missionárias, em 2012, ele foi preso, acusado de espionagem e conspiração. Os promotores me disseram: ‘Você tentou derrubar o governo com suas orações e adoração’, conta. “Eles realmente veem a oração como uma arma”, explicou Kenneth à rede CBS, uma das maiores emissoras de TV do mundo.
Relata ainda que ouviu de seus acusadores que ele era “o pior criminoso e o mais perigoso que haviam prendido no país desde a Guerra da Coreia”. Ao questionar por que era considerado assim, a resposta o surpreendeu: “Porque não veio apenas fazer o trabalho missionário sozinho, ainda convidou outras pessoas para participarem”.
Ele está lançando o livro “Not Forgotten” [Não fui esquecido], onde conta como foi sua experiência. “Eu trabalhava das 8hs da manhã até as 6 da tarde, seis dias por semana. Era basicamente trabalho agrícola e também carregava pedra e carvão”, lembra. “Todas essas coisas eram fisicamente desgastantes e muito difíceis”, desabafa, revelando que perdeu mais de 10 quilos e ficou muito doente.
O título do seu livro de memórias é baseado nas ameaças que recebia semanalmente. Um representante do governo fazia questão de lembra-lo que ele estava condenado a trabalhar forçado por 15 anos e todo mundo se esqueceria dele, inclusive a família.  Ele é casado e pai de três filhos.
Bae explica que ele não se deixava abater, pois continuou orando e crendo que Deus cuidaria dele a cada dia. Embora não tivesse uma Bíblia em mãos, repetia para si mesmo versículos que sabia de cor.
Toda vez que teve oportunidade, compartilhou de sua fé em Cristo com os outros presos.  Explica que conheceu pessoas que nunca tinham ouvido o nome de Jesus. “Eu vi isso mais como uma bênção que uma maldição ou sofrimento”, comemora.
“Eu não estava lá como um prisioneiro, mas me via como um embaixador de Deus, alguém que foi enviado por Deus para fazer a sua obra”, ressalta. Ele pede que os cristãos de todo o mundo orem pelos norte-coreanos. Afinal, até mesmo os ateus daquele país reconhecem que a oração é uma “arma poderosa”. A Coreia do Norte é o número um em perseguição aos cristãos no mundoCom informações Gospel Herald e CBS News
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br/coreia-do-norte-reconhece-oracao-como-arma-poderosa/

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Pastor sino-coreano é morto por agentes da Coreia do Norte

Han Choong Yeol ajudava refugiados norte-coreanos que atravessavam a fronteira para a China
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Agentes secretos norte-coreanos capturaram e mataram um pastor sino-coreano (quem nasce ou vive na fronteira da China com a Coreia) que vivia em Chiangbai, uma cidade no lado chinês da fronteira. Han era ativo em ajudar refugiados norte-coreanos, dando-lhes alimentos, medicamentos, roupas e outras necessidades básicas, quando fugiam da Coreia do Norte.
No último sábado (30), o pastor Han deixou sua casa logo após o meio-dia e deveria retornar antes das 17 horas. Como não voltou, uma grande busca foi organizada por parentes e membros da igreja que ele pastoreava. Por volta das 20 horas, seu corpo sem vida foi encontrado mutilado e com vários ferimentos. Pessoas que trabalharam com Han o descrevem como "extremamente apaixonado pelos norte-coreanos". Seu ministério foi marcado com um alto preço.
Em novembro de 2014, um diácono de sua igreja foi sequestrado e, desde então, nunca mais se ouviu falar dele. O pastor Han sabia que ele também era um alvo, mas continuou seu ministério.
Han tinha 49 anos, e deixou sua esposa e dois filhos, bem como três igrejas locais, com cerca de 600 membros, que ele ajudou a fundar e pastoreava.
Motivos de oração
  • Agradeça a Deus pela vida e dedicação do pastor Han.
  • Ore por conforto para os familiares e membros da igreja de Han, que agora estão sem um marido, pai e pastor. Também ore para que eles sejam capazes de perdoar os homens que o mataram.
  • Ore pelos outros cristãos envolvidos no trabalho missionário da Coreia do Norte, que o Senhor os encoraje e os proteja.
  • Ore por perdão para os espiões que mataram o pastor Han. Ore para que eles se arrependam e conheçam o único Deus, para quem o pastor Han entregou a sua vida.
  • Ore pelo diácono que ainda está desaparecido e pelos muitos outros cristãos mantidos em cativeiro na Coreia do Norte.
*Foto ilustrativa.
A Portas Abertas investe em projetos que fortalecem a fé dos cristãos norte-coreanos, encorajando-os a brilhar a luz de Cristo e a espalhar a mensagem do evangelho no país mais fechado do mundo. O apoio acontece de diferentes formas como: Distribuição de literatura cristã, treinamentos de líderes locais, transmissão de programas de rádio e ajuda emergencial (alimentos, medicamentos e roupas). Todo o trabalho no país é de alto risco para os norte-coreanos, para os colaboradores da Portas Abertas, e para os cristãos locais. Se você quer participar deste ministério, orando e doando aos projetos da Portas Abertas, acesse o site e saiba mais.
https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/05/pastor-sino-coreano-e-morto-por-agentes-da-coreia-do-norte