terça-feira, 24 de novembro de 2015

Maior grupo terrorista do mundo não é o Estado Islâmico

Situação na África é mais grave que no Oriente Médio
Maior grupo terrorista do mundo não é o Estado IslâmicoBoko Haram é o maior grupo terrorista do mundo
Enquanto a maior parte da atenção da mídia foca nos atentados na Europa e nos bombardeios no Oriente Médio, o continente africano vive um drama que envolve um número muito maior de pessoas. Estima-se que a guerra na Síria e no Iraque matou desde 2011 cerca de 300 mil pessoas e gerou cerca de dois milhões de refugiados.
Segundo a ONU, após o surgimento do Boko Haram, mais de 2,5 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas no norte da África desde 2013. Oficialmente, os extremistas baseados na Nigéria são o grupo terrorista mais mortífero do mundo. Em 2014, foi responsável por 6.664 mortes, mais que o Estado Islâmico, que matou 6.073 pessoas no mesmo período.
Essa foi a conclusão da pesquisa Índice de Terrorismo Global, realizada pelo Institute for Economics and Peace. O instituto, que monitora ataques globalmente, afirma que o Estado islâmico e o Boko Haram foram responsáveis ​​por metade de todas as mortes causadas pelo terrorismo. Ambos são conhecidos por visar principalmente os cristãos em seus ataques.
Enquanto o mundo lamentava as 132 vidas perdidas em Paris em 13 de novembro, o Boko Haram matou pelo menos 50 pessoas em dois ataques em menos de 48 horas na Nigéria. Em 17 de novembro, um ataque suicida em um mercado de vegetais e no dia seguinte, atentado similar em um centro de telefonia popular.
De acordo com fontes locais, duas mulheres-bomba foram as responsáveis pelos ataques, que deixaram centenas de feridos. Mas pouco se falou sobe isso na mídia.
O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, que é muçulmano mas prometeu erradicar a insurgência islâmica, condenou os ataques. De fato, o governo já se mostrou impotente para lidar com os extremistas que atuam no norte da Nigéria, além dos países vizinhos do Chade, Camarões e Níger.
Apesar de atuarem em regiões distantes, o Boko Haram jurou lealdade ao Estado Islâmico em março de 2015, chamando a si mesmos de Estado Islâmico da África Ocidental. Se combinados, os dois grupos jihadistas são responsáveis por 51% de todas as mortes relacionadas ao terrorismo do mundo.
https://noticias.gospelprime.com.br/boko-haram-maior-terrorista-mundo/

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Líderes do EI que decapitavam cristãos foram mortos

Estados Unidos afirma que ataques de drones fizeram ‘operações precisas’
Líderes do EI que decapitavam cristãos foram mortosLíderes do EI que decapitavam cristãos foram mortos
Enquanto o mundo ainda lê horrorizado as últimas informações sobre os atentados em Paris na sexta (13), a coalizão liderada pelos Estados Unidos divulga os resultados de suas operações mais recentes contra o Estado Islâmico (EI).
Nesta semana, foi anunciado que um ataque com drones resultou na morte do carrasco britânico Mohammed Emwazi, mais conhecido como “Jihad John”. Ele aparece em vários vídeos do Estado Islâmico decapitando pessoas e fazendo ameaças ao “Ocidente”.
O ataque aéreo norte-americano ocorreu na cidade síria de Raqqa. O carro que levava quatro líderes estrangeiros do EI foi atingido por um míssil nas proximidades de uma torre onde até recentemente os cristãos eram crucificados, informou o Daily Mail.
Neste sábado, outro ataque de drones matou Abu Nabil, o chefe do Estado Islâmico na Líbia. Ele também era conhecido como Wissam Najm Abd Zayd al Zubaydi. De origem iraquiana, foi membro da Al-Qaeda, antes de se juntar ao EI.
Segundo Washington, ele é o homem que ‘apresenta’ o vídeo publicado em fevereiro, mostrando a execução de 21 cristãos coptas.
O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, garantiu à imprensa que a morte de Nabil irá “diminuir a habilidade do EI em realizar seus objetivos na Líbia, incluindo o recrutamento de novos membros e estabelecer bases no país”.
Segundo analistas, a morte de dois líderes do Estado Islâmico é uma maneira que os Estados Unidos encontraram para dar uma ‘resposta’ às constantes acusações de que tem feito pouco para combater os jihadistas. Desde que entrou oficialmente na guerra, dois meses atrás, a Rússia já bombardeou mais de 60 posições do EI na Síria.
https://noticias.gospelprime.com.br/lideres-estado-islamico-mortos/

Conheça Raqqa, a capital criada à força pelo 'Estado Islâmico'

Alvo de bombardeios franceses e americanos, cidade tomada por extremistas islâmicos tem população civil aterrorizada e reprimida.

Da BBC
As forças do 'Estado Islâmico' tomaram Raqqa em janeiro do ano passado (Foto: AP Photo/Militant Website, File )As forças do 'Estado Islâmico' tomaram Raqqa em janeiro do ano passado (Foto: AP Photo/Militant Website, File )
Sexta maior cidade da Síria, Raqqa não tem sítios arqueológicos como a vizinha Aleppo e não figurava em roteiros de visita para turistas. Mas há mais de um ano seu nome aparece constantemente ao redor do mundo muito mais do que qualquer outro ponto do país: Raqqa foi escolhida à força pelo "Estado Islâmico" como a "capital" do califado que o grupo extremista muçulmano diz ter criado em partes do território sírio e do Iraque.
E desde os atentados que mataram 129 pessoas e feriram centenas em Paris, a cidade síria de cerca de 400 mil habitantes se tornou um alvo ainda mais preferencial dos bombardeios aéreos realizados pela coalizão comandada pelos EUA (que inclui a França) e em incursões da Força Aérea Russa.
Nesta quarta-feira (18), grupos de monitoramento informaram que foram mortos 33 supostos militantes do "EI" nos últimos três dias de bombardeios aéreos franceses contra Raqqa.
Ao mesmo tempo, o acirramento das tensões aprofunda a rotina de terror vivida pela ampla maioria de quem mora lá - gente que não apoia as ações do "EI", mas que tampouco pode fugir delas.
Chibatadas
Sob controle ferrenho dos militantes, Raqqa é área proibida para a imprensa. Sua escolha pelo "EI" não foi aleatória: a cidade foi capital de um imenso império muçulmano entre os anos de 796 e 809.
As poucas informações sobre a rotina da "capital" vêm de habitantes e ativistas que arriscam a vida para transmiti-las. Ou de relatos de refugiados sírios que conseguiram escapar de uma região que o "EI" transformou em laboratório para seu estilo implacável de governo.
"Durante alguns meses após a chegada deles (os militantes), tínhamos internet em casa. Agora precisamos ir para cybercafés para conseguirmos entrar online. E eles verificam que páginas acessamos", contou à BBC em setembro um ex-morador de Raqqa que conseguiu entrar na Turquia.
A administração do grupo extremista é marcada pela truculência e vigilância (Foto: Militant website via AP, File )A administração do grupo extremista é marcada pela truculência e vigilância (Foto: Militant website via AP, File )
Identificado apenas como Mohamed, ele relatou com detalhes a rotina da população vivendo sob controle dos radicais islâmicos.
Se inicialmente a vitória dos militantes contras as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, foi bem-recebida em Raqqa, a cidade logo se viu diante de um "regime" ainda mais opressor, em que o extremismo religioso que marca as posições do "EI" leva a punições rígidas para atividades como fumar em público.
Mohamed, por exemplo, ficou preso por um dia e levou 20 chibatadas pela "transgressão".
A julgar por outros relatos, no entanto, o rapaz deu sorte. Segundo informações obtidas por ativistas, execuções são uma ocorrência diária em Raqqa, tendo como "palco" específico a Praça do Paraíso, a principal da cidade. Decapitações e crucificações são os métodos preferidos dos militantes, que também governam com pulso firme aspectos da vida diária como o funcionamento do comércio e das escolas.
E, sobretudo, dos hospitais. Apesar de as informações sobre os bombardeios aliados ressaltarem a destruição de alvos do "EI" e morte de militantes, os relatos são de que civis também estão na linha de fogo. Mas ao contrários dos "soldados" do grupo extremista, que contam com hospitais exclusivos e os melhores médicos, baixas comuns precisam ser tratadas em locais com sérios problemas de funcionamento.
Inclusive na hora de cumprir com as doações compulsórias de sangue exigidas pelos militantes para ajudar no tratamento de feridos em combates ou bombardeios.
A aviação francesa fez diversos bombardeios sobre Raqqa desde os atentados de Paris (Foto: Sebastien Dupont/ECPAD via AP)A aviação francesa fez diversos bombardeios sobre Raqqa desde os atentados de Paris (Foto: Sebastien Dupont/ECPAD via AP)
"A população é aterrorizada pelo 'EI' e ao mesmo tempo precisa lidar com bombardeios aéreos. Todos estão cansados, famintos e com medo", disse recentemente a diversos veículos de comunicação britânicos Abu Ibrahim, porta-voz do Raqqa Está Sendo Chacinada Silenciosamente, um grupo de ativistas que denuncia violações de direitos humanos na região.
Ainda segundo Ibrahim, mulheres com menos de 45 anos de idade não podem sair de Raqqa. Mulheres jovens são frequentemente forçadas a se casar com militantes.
Os ataques contra o "EI" tiveram efeito nos preços de alimentos. O pão, por exemplo, sofreu reajustes de 150%. Há racionamento de energia elétrica e de água.
Embora ativistas tenham relatado que os ataques feitos pela aviação francesa nos últimos dias não atingiram civis, há relatos de que cinco foram mortos em bombardeios russos. E que o "EI" estaria usando populações como escudos humanos, movendo centros de comando para áreas civis e mesmo "mascarando" prédios estratégicos - anteriormente pintados de preto, a cor oficial do grupo, as construções teria sido redecoradas para se parecerem mais com prédios comuns.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/11/conheca-raqqa-a-capital-criada-a-forca-pelo-estado-islamico.html

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Nova Constituição do Nepal ameaça os cristãos do país

Uma lei "anti-conversão" pode gerar prisão e multas para não-hindus.
Nova Constituição do Nepal ameaça os cristãos do paísNova Constituição do Nepal ameaça os cristãos
A nova Constituição do Nepal ameaça a presença de cristãos no país, pois tornaria todas as igrejas ilegais.
Foram sete anos de discussão sobre o novo texto e os parlamentares aprovaram a Carta Magna que dará uma série de razões para impedir o trabalho de missionários no país.
“Enquanto há protestos contra a nova Constituição, as atividades cristãs correm o risco de tornarem-se todas ilegais. Além disso, existe um acordo entre o Nepal e a Índia que estabelece que ambos devem se tornar um Estado hindu. Se os países seguirem à risca, as emendas propostas podem tornar qualquer ato religioso como evangelístico, o que é punível por lei”, analisa um representante do Portas Abertas.
Evangelizar passa a ser motivo de punição, no país 80% da população é hindu e o Estado passa a privilegiar essa religião condenando as demais. E não é só a tentativa de converter as pessoas que será punida, as ações em prol dos necessitados também passam a ser consideradas como rebeldia contra o governo.
Na nova Constituição há uma clausula de “anti-conversão” que dá penas de prisão e multa para quem falar de Cristo para outras pessoas. A comunidade cristã local está bastante preocupada e temendo aos problemas que surgirão.
“Seguidores do cristianismo já sofrem há décadas com as desigualdades e a perseguição religiosa. Eles esperavam que a nova Constituição, que foi criada pela democracia laica, garantisse seus direitos e sua liberdade, mas parece que isto não vai acontecer tão cedo”, diz o analista do Portas Abertas.
https://noticias.gospelprime.com.br/nova-constituicao-nepal-ameaca-cristaos/